quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A democracia da competência

Publicado no Estadão em 10/11/2011
É preciso profissionalizar o estado brasileiro. Para isso é necessária a tal “vontade política”, que é a disposição para mudar o que está errado. Mas só ela não basta: é preciso também criar as condições da profissionalização. Começo relatando um caso e chego a uma proposta que, entendo, contribuiria para modernizar o país e democratizar as relações entre estado e sociedade à medida que estimularia a competência no serviço público e dificultaria os assaltos ao erário.
Quando eu era ministro da Saúde, recebi um senador, homem sério e combativo.
— Serra, como você sabe, o cargo decoordenador da FUNASA no meu estado está vago. Eu queria lhe sugerir um grande técnico, correto e com experiência.
— Olha, não posso nomear alguém por esse caminho. Há os governadores, senadores, grupos de deputados… Se eu atender a um, vou ter de atender aos outros, que nem sempre trariam bons nomes como o seu. Além disso, eu não posso por alguém num cargo importante que dependa de um político.
— O cara é muito bom!
— Acredito! Mas não me diga quem é. Deixe que o Mauro Ricardo [então presidente da Funasa] me apresente a lista de nomes que está levantando. Se o seu técnico for bom como você diz, vai ser o escolhido.
Esse diálogo aconteceu de verdade, e o senador, até hoje meu amigo, compreendeu. A Funasa é a Fundação Nacional de Saúde, responsável, durante minha gestão, pelas ações de prevenção e controle de doenças, de saneamento básico e ambiental e de assistência à saúde dos povos indígenas. Seu papel é importante na grande maioria dos estados. Era, havia anos, vítima de uma forma peculiar de preenchimento das gerências regionais. O grupo político ligado ao governo federal que perdia a eleição local recebia, como consolo, a chefia do órgão no estado. Isso criava conflitos políticos e de coordenação entre a Funasa, a secretaria estadual e as secretarias municipais de Saúde. Nem sempre o Ministério da Saúde mandava na Funasa do estado. E o que dizer, então, da malversação de dinheiro público?
Além de não aceitar mais indicações, prestigiar servidores experientes e promover frequentes auditorias, tomamos uma providência inédita: dois decretos do presidente FHC exigindo que os gerentes regionais fossem servidores do Ministério da Saúde com nível superior, que ocupassem cargo em comissão ou função de confiança por mais de cinco anos e que tivessem, no mínimo, dois anos de chefia. Assim, o profissionalismo foi vencendo o clientelismo. A Funasa mudou de cara e melhorou muito seu desempenho.
Sabem qual foi uma das primeiras providências do governo do PT, já em março de 2003? A revogação dos dispositivos dos decretos que vedavam o uso político da instituição. Afinal, era preciso acomodar os membros do próprio partido e dos aliados — pessoas, na sua maioria, estranhas ao serviço público e ineptas técnica e gerencialmente.
Assim, a Funasa virou o lugar geométrico dos escândalos mais visíveis na área da Saúde. Houve fraudes até no atendimento à saúde indígena. Mas em vez de retomar o controle do órgão, o governo atual decidiu retirar de seu âmbito a área de epidemiologia e controle de doenças e da saúde indígena. Em nove anos, assistiu-se à alta rotatividade do loteamento de seus cargos e à destruição de uma instituição responsável por grandes avanços na saúde pública brasileira.
Outras experiências dramáticas na área da Saúde foram os loteamentos políticos de duas instituições que criamos — a Agência de Vigilância Sanitária e a Agência Nacional de Saúde, voltada para a regulação dos seguros e planos de saúde. O Senado referendou a indicação pelo Executivo, de diretores com perfil técnico e gerencial. Na época, ninguém procurou o Ministério da Saúde ou a Casa Civil para sugerir nomes para as duas agências. Não havia mercado de indicações.
O poder de um diretor de agência é imenso, pois desfruta de estabilidade durante seu mandato. Mas o governo Lula mudou o padrão, e várias diretorias foram sendo preenchidas por “representantes” de partidos. O caso talvez mais simbólico de nomeação esdrúxula foi o do atual e controvertido governador de Brasília, Agnelo Queiroz. Depois que perdeu a eleição para o Senado em 2006, descolou um cargo na diretoria da Anvisa, até se candidatar ao governo, em 2010.
É preciso acabar com o loteamento dos cargos de livre nomeação, os chamados cargos em comissão — que, na administração federal direta, chegam a 24 mil. A solução não consiste em substituir esses cargos em comissão por cargos concursados, que criariam uma rigidez excessiva, nem apenas em reduzir o seu número, o que, aliás, precisa ser feito.
O meio mais adequado seria o da certificação, como fez a Funasa no governo FHC, fixando requisitos mínimos para os ocupantes de todos os cargos de livre provimento. Por exemplo, os cargos gerenciais de nível operacional deveriam ser reservados a funcionários de carreira do próprio órgão, e, entre eles, os mais preparados. Além de valorizar os servidores públicos, isso garantiria que as mudanças de governo não afetassem o dia-a-dia da administração.
Para os cargos de direção de maior nível hierárquico, seria admitida a contratação de pessoas externas ao serviço público, mas com exigências de formação profissional compatível e experiência anterior em cargos gerenciais.
Enfim, haveria uma matriz de dupla entrada, relativamente ampla, de cargos e requisitos. Essas regras seriam aplicadas mesmo nos casos de provimento não tão livre (pois exigem aprovação do Senado), como as agências reguladoras.
As novas normas, estendidas a estados e municípios e implantadas de forma gradual, dinamizariam e melhorariam o sentido de muitos cursos técnicos e universitários, que não oferecem bons lugares no mercado de trabalho. Os cursos voltados à administração pública passariam a ser mais do que a bola da vez: fariam parte da profissionalização do estado brasileiro, ou seja, da melhoria na prestação de serviços a quem, de fato, paga a conta: o povo brasileiro.
 
José Serra
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domingo, 6 de novembro de 2011

Prefeitura de Cambé e Caixa Econômica Federal Assina Convênio para Urbanização do Jardim Campos Verdes - 18 milhões em Investimentos

No último dia 31/10 (segunda-feira), o Prefeito João Pavinato e o Gerente Regional da Caixa Econômica Federal, da área de habitação, Olides Millezi Júnior, em evento no Salão Paroquial da Igreja Católica da Paróquia Santo Antonio, no Centro de Cambé, assinaram convênio para Urbanização do Jardim Campos Verdes.


Anfitrião do evento, o Prefeito João Pavinato recebeu representantes da Caixa Econômica Federal, a Presidente da Associação de Moradores do Jd. Campos Verdes - Neide Olímpio e vários moradores do bairro, vereadores, lideranças locais, secretários municipais, assessores e profissionais da prefeitura que trabalharam arduamente para aprovação do projeto.

Em um belo discurso, a Presidente da Associação de Moradores do Jd. Campos Verdes - Neide Olímpio, agradeceu ao Prefeito João Pavinato e sua equipe, bem como a Caixa pela grande conquista, e descreveu as lutas e dificuldades da comunidade, na qual reside a 12 anos, e seu orgulho de ser moradora do bairro.



Em seu discurso, o representante da Caixa, Olides Millezi Júnior, que estava acompanhado do Gerente Geral da Agência da Caixa em Cambé, Lenoiz Pires Silva, e da representante do área de comunicação da Superintendência da Caixa de Londrina, Sra. Silvia Regina França, agradeceu ao empenho de todos, frisando que o projeto foi aprovado por estar alinhado com a política social do Governo da Presidenta Dilma, e que contou com árduo trabalho da equipe técnica da Superintendência da Caixa de Londrina na aprovação do projeto, bem como ao trabalho realizado pelos técnicos da prefeitura de Cambé e do Gerente Municipal de Convênios, Marcos Gabriel, que é o elo de ligação entre a Caixa e a Prefeitura de Cambé.


Em seu discurso, interrompido algumas vezes pelos aplausos da platéia, o Prefeito João Pavinato reafirmou que naquele instante, cumpria um compromisso de campanha que tinha com a comunidade do Jardim Campos Verdes, que era a sua urbanização, resgatando a dignidade dos moradores do bairro e melhorando sua qualidade de vida. O prefeito Pavinato foi enfático ao rebater aos políticos que defendiam a mudança da fronteira entre Cambé e Londrina, transferindo o Jardim Campos Verdes para Londrina e assim, se livrando do problema, Pavinato foi enfático ao dizer - se este povo está no território de Cambé, então é a Prefeitura de Cambé que resolverá o problema da comunidade - e assim o fez, logo ao entrar na administração em 2009 e determinar a Secretaria de Captação de Recursos que buscasse viabilizar recurso para urbanização do bairro. O prefeito agradeceu ao esforço de toda a equipe, principalmente a Secretaria de Captação de Recursos, Secretaria de Planejamento, Secretaria de Assistência Social e Secretaria de Governo que se envolveram diretamente no projeto e, a todos que colaboraram para que o projeto fosse viabilizado, principalmente a Presidenta Dilma, que tem atendido aos diversos projetos da Prefeitura de Cambé. (veja no final o vídeo do discurso do Prefeito João Pavinato).

Após sua fala, o Secretário de Planejamento, Fausto Anami, apresentou detalhes do Projeto de Urbanização do Jardim Campos Verdes e demais investimentos.


Conheça detalhes do projeto. O Jardim Campos Verdes fica na divisa do município de Cambé e Londrina.


A região teve sua ocupação em 1986, quando a Cohab de Londrina comprou a área local e loteou do Jardim João Turquino. Dentro desta área adquirida, estava a área do Jardim Campos Verdes, em Cambé, que recebeu sua primeira ocupação em 1994 com 35 famílias e 1996 com 92 famílias.


Após 17 anos, desde a primeira ocupação, a administração João Pavinato, conseguiu o investimento na ordem de 18 milhões de reais, que trará a dignidade para a comunidade local.


São 13,4 milhões para reconstrução de 284 cadas, nos lotes marcados em amarelo e, mais 4,6 milhões para urbanização do bairro.



Os 4,6 milhões contempla Pavimentação Asfaltica, Galeria de Águas Pluviais, Ligações hidro-sanitárias e Ligações Elétricas para as residências, Centro de Educação Infantil (Creche), CRAS - Centro de Referência em Assistência Social, Quadra Poliesportiva, Praça com Academia ao Ar Livre e Parque Infantil. Haverá ainda a instalação de esgoto sanitário, pela SANEPAR, com financiamento do BNDES.

Assista agora, o discurso do Prefeito João Pavinato.










Obras da UPA no Jardim Tupi estão bem adiantadas




Por: FábioBortoleto

A UPA 24h é uma Unidade de Pronto Atendimento intermediária entre um posto de saúde e um hospital, e contará com toda a estrutura necessária para realizar atendimentos de urgência e emergência para adultos e crianças. 




A unidade vai contar com oito leitos para o atendimento a crianças e adultos que ficarem em observação. Quando estiver em funcionamento a UPA irá resolver muitos problemas de saúde que necessitam de urgência, sem marcação prévia de consulta evitando assim que as pessoas sobrecarreguem as emergências hospitalares. Os atendimentos realizados serão nas especialidades de pediatria e clinica geral. A UPA terá capacidade para atender 300 pessoas diariamente. 





A unidade irá contar com equipamentos como eletrocardiograma, raios-x, desfibriladores e outros equipamentos necessários para o atendimento de urgência e emergência médica, já que o primeiro atendimento à pessoa é de extrema importância para salvar vidas. Segundo a Secretaria de Saúde, a unidade de atendimento vai contar com aproximadamente 70 profissionais de saúde como médicos, enfermeiros e pessoal de apoio ao atendimento à população. 


Esta obra é mais uma conquista da Administração João Pavinato, para melhorar a qualidade de atendimento a saúde da população cambeense, e junta a outros investimentos na saúde como Central do SAMU, Clínica da Mulher e da Criança do Jd. Ana Rosa e Jd. Novo Bandeirantes, Ampliação da Unidade de Saúde do Jd. São Paulo, Ampliação da Unidade de Saúde do Jd. Ana Rosa, Reconstrução da Unidade de Saúde do CAIC e Reforma e Ampliação do Centro de Saúde.
Estas ações efetivamente melhoram a qualidade de vida da população cambeense, prioridade absoluta do Prefeito João Pavinato.

Obras do Centro da Juventude já estão quase finalizadas

Por: Fábio Bortoleto
Localizado no Conjunto Habitacional Castelo Branco, o Centro da Juventude é uma obra da Secretaria de Estado da Criança e da Juventude do Governo do Paraná, em parceria com a Prefeitura de Cambé, que doou o terreno de 6 mil metros quadrados. 

O local vai oferecer atendimento a adolescentes e jovens, principalmente na faixa de 12 a 18 anos. 




O objetivo é que seja um espaço de referência para a juventude, que possibilitem aos adolescentes produzir e acessar bens culturais e artísticos, participar de atividades esportivas, tecnológicas e profissionalizantes, além de desenvolver e participar de ações que favoreçam a formação pessoal e profissional. 




O Centro da Juventude de Cambé terá uma área principal de convivência e oficina, piscina, ginásio de esportes, anfiteatro e pista de skate.


Esta é mais uma conquista da Administração João Pavinato, para melhorar a qualidade de vida da população cambeense, oferecendo lazer para nossos jovens e nossas crianças, que poderão utilizar os espaços no contra-turno escolar, no período noturno e nos finais de semanas.



É mais uma medida para beneficiar as famílias cambeenses, ofertando ocupação para nossos jovens para que os mesmos não sejam alcançados pela criminalidade.

O Grupo Gestor do Centro da Juventude já está trabalhando a alguns meses na preparação das atividades que ocorrerão no Centro da Juventude, já que o mesmo deverá estar a disposição da comunidade entre janeiro e fevereiro de 2012